O que eu queria ter lido quando comecei no design — 6 livros pra você não ser só mais um.
Não é sobre parecer profissional. É sobre ser inesquecível.
Falar de marca pessoal ainda assusta muita gente. Parece forçado, manipulador, egocêntrico. Mas deixa eu te contar uma parada:
Se você não se posiciona com clareza, alguém vai te posicionar — e provavelmente como “mais um designer genérico”.
Construir um branding forte não é sobre gritar que você é foda. É sobre deixar claro quem você é, o que você acredita e por que isso importa.
Quer aprender a fazer isso sem parecer um coach de LinkedIn? Separei 6 livros que são direto ao ponto: nada de papo corporativo chato, nada de fórmula mágica.
Eles vão te ajudar a:
– Refinar sua identidade profissional
– Comunicar seu valor de forma real
– E mostrar seu trabalho sem parecer desesperado por atenção
Vamos a eles?
1. Mostre seu trabalho! Por Austin Kleon
Se só de ouvir “autopromoção” você já sente vontade de desaparecer, esse livro é pra você. Austin Kleon não vem com papo de “poste todo dia às 6h com CTA no final”. Ele mostra que você não precisa se vender como um produto de supermercado.
Basta abrir o processo, compartilhar o que você vive, e deixar que o seu trabalho fale por você.
É sobre autodescoberta, não autopromoção.
Uma virada de chave simples, mas que muda tudo.
Com 10 princípios práticos, linguagem leve e exemplos reais, o livro te ensina a atrair as pessoas certas sem precisar forçar carisma ou virar influencer de LinkedIn.
E o melhor: ele foca em coisas sustentáveis. Nada de “viralize ou morra”.
Só hábitos que cabem na vida real, tipo mostrar uma parte do seu processo por dia.
Se você quer ser notado sem precisar gritar…
Esse livro vai te ajudar a fazer barulho do seu jeito.
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2. You're Not Lost, de Maxie McCoy
Antes de pensar em “marca pessoal”, você precisa saber quem diabos você é.
E é aí que muita gente trava. Criativos cheios de talento, mas perdidos na hora de se posicionar, porque no fundo ainda estão tentando entender o próprio caminho.
O livro Você Não Está Perdida, da Maxie McCoy é um tapa com acolhimento. Não vem com fórmulas prontas nem papo de “encontre seu propósito e tudo se alinha”. Ela mostra como parar de surtar com o “onde eu quero chegar?” e começar a focar nas pequenas decisões que te tiram da inércia.
É um manifesto pra quem tá sem confiança, mas sabe que precisa se mexer.
E mesmo sendo voltado pra mulheres, qualquer criativo em transição vai se identificar.
Tem exercício prático, tem provocação, tem clareza.
E o mais importante:
Ajuda você a entender seus valores e transformar isso em direção real —
não aquela pressão idiota de virar uma marca antes mesmo de virar gente.
Se você sente que ainda não sabe como se mostrar, esse livro pode te mostrar como se encontrar.
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3. Storybrand: Crie Mensagens Claras e Atraia a Atenção dos Clientes Para sua Marca por Donald Miller
Esse livro não fala sobre você. E é justamente por isso que ele é essencial pra sua marca pessoal. Donald Miller não tá preocupado em te ensinar a se vender — ele te ensina a contar histórias que fazem sentido pra quem escuta.
E aí tá o pulo do gato: Marca boa não gira em torno de você, gira em torno de quem você quer impactar.
A sacada central é simples e poderosa: Você não é o herói. Você é o guia.
Quem brilha é o cliente, o público, a pessoa do outro lado. E você é quem mostra o caminho. Esse reposicionamento tira o peso da autopromoção egocêntrica e coloca o foco onde deveria estar: em servir, em clareza, em gerar transformação.
Donald quebra tudo em 7 elementos narrativos que batem direto na nossa psicologia.
É estrutura de storytelling real, com começo, meio, fim — e sem papo manipulado de funil ou call to action forçado.
Pra quem trava com papo de marketing e acha que precisa virar um personagem pra vender o próprio peixe, esse livro é tipo um respiro: fala de branding com verdade, sem enrolação, e com uma pegada humana que dá vontade de aplicar na hora.
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4. Encontre sua voz, de Angie Thomas
Sabe o que quase ninguém fala quando o assunto é marca pessoal?
Voz. Não o timbre, mas a porra da forma como você se expressa.
O jeito que você escreve, pensa, provoca. A parada que faz alguém bater o olho numa frase sua e saber que foi você que escreveu.
A maioria tá ocupada demais copiando tendência, formatando persona fake e tentando parecer “profissional”. Enquanto isso, quem tem VOZ se destaca sem esforço.
O diário criativo da Angie Thomas acerta justamente onde todo mundo erra:
te ajuda a encontrar a sua voz antes de tentar vender qualquer coisa.
É voltado pra escritores, mas serve pra qualquer criador de conteúdo, designer, maker, estrategista… Qualquer um que precisa aparecer sem se perder no meio do barulho.
Tem exercícios práticos, diretos, que te fazem pensar, criar, lapidar. Ela não te manda fingir que é expert. Ela te mostra como ser você de um jeito que conecta.
Se você quer parar de parecer um post genérico no feed, esse livro é tipo um detox de tudo que te fez soar como os outros. E o começo de uma voz que ninguém mais consegue imitar.
5. Zag: A estratégia número um das marcas de sucesso por Marty Neumeier
Quer entender de verdade o que é branding? Então larga os posts motivacionais do LinkedIn e vai ler esse clássico do Marty Neumeier. Foi escrito em 2003, mas continua mais atual que muito cursinho de Instagram por aí.
O livro é curto, visual, e vai direto ao ponto. Em menos de duas horas, você já entende o que tem gente tentando ensinar em 20 aulas vazias.
A sacada central? Marca não é o que você fala que é — é o que o outro sente.
Tá na cabeça de quem te vê, não no seu logo nem no seu pitch bonito.
Neumeier destrincha branding em 5 disciplinas fodidas:
Diferenciação. Colaboração. Inovação. Validação. Cultivo.
Tudo isso amarrado numa visão clara de como estratégia e criatividade têm que andar de mãos dadas.
Se você é criativo e tá cansado de escutar dica rasa tipo “seja você mesmo e poste com consistência”... esse livro é sua vacina contra o branding superficial.
É direto, bem diagramado e com profundidade real. Não te ensina a parecer incrível.
Te ensina a construir uma marca que realmente importa.
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6. Branding: In Five and a Half Steps por Michael Johnson
Se você é designer e ainda acha que branding é só “fazer logo bonito”, esse livro vai te dar um choque de realidade (e de qualidade).
Michael Johnson não brinca em serviço. O cara entrega uma aula completa de branding que junta o melhor dos dois mundos: estética foda com estratégia de verdade.
É visual? É. Tem mais de 1.000 imagens de identidades insanas? Tem. Mas o que faz esse livro brilhar mesmo é o processo por trás. Ele mostra passo a passo como sair do caos de ideias soltas e chegar numa marca que realmente significa alguma coisa —
da definição do problema até o teste da solução, com método, consistência e cases de peso.
E o diferencial? Antes de sair criando, ele ensina a fazer as perguntas certas.
Pergunta boa evita marca rasa, evita posicionamento genérico, evita retrabalho.
Coisa que falta (e muito) na maioria das marcas pessoais por aí.
Se você é criativo visual, mas quer ir além da superfície, esse livro não é só inspiração — é manual de guerra pra quem quer construir marca com profundidade e impacto real.
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Na moral, queria ter esses livros na minha prateleira quando comecei. É leitura que vira jogo.